o meu tesmunho
Desde muito pequena que sofro de depressão, nunca foi devidamente diagnosticada e foi piorando ao longo do tempo. não tarde farei 36 anos, desde de que praticamente nasci que lido com problemas graves de alcolismo por parte do meu pai, mesmo sem haver agressões fisicas, as vervais por vezes deixam marcas mais profundas que uma chapada que no dia seguinte ja não doi.
durante este tempo nunca tomei qualquer tipo de medicação, sofri fortes ataques de panico e de ansiedade e angustia, desmaiava algumas vezes, mas nunca ninguem me encaminhou para um especialista.
em 1993 entrei em stress pos traumautico depois de ver ser retira dum poço o meu namorado com traumatismos que indicam claramente o seu assassinato.Entrei em depressão profunda, foram 6 longos meses com perda total de memória, que deixou sequelas graves, ainda hoje sofro bastante com a falta de memória, as memorias boas foram apagadas, as más ainda cá estão, gagajo bastante ao falar ,não consigo concentra-me naquilo que estou a fazer, tenho muita dificuldade em encontrar por vezes palavras mesmo que simples para me expressar.
Mais uma vez apesar de ser acompanhada pelo médico de familia, não procurei mais nenhum tipo de ajuda, até agora tenho aguentado sempre as crises sozinha, ou de à 6 anos para cá com o meu marido.
passados 2 anos de casar, nasceu a minha filha que tem hoje 4 anos, mais uma vez a depressão bateu à porta, durante um ano tomei a medicação, mas chegou uma altura que estava saturada de andar sempre encharcada em medicamentos, deixei de os tomar ate que voltei a entrar em depressão grave ou major, também assim conhecida.Quase bati no fundo do poço, não podia ouvir a minha filha sequer falar,tive crises horriveis de ansiedade e raiva, fiqui demasiadas vezes com dormencia num dos lados do corpo que não conseguia falar, só muito a custo consegui chegar aos comprimidos SOS e descansar durante cerca de 30 minutos para voltar a poder dzer qualquer coisa, durante 2 ou 3 dias parece que tinha levado uma marretada na cabeça, nem sequer valia a pena tomar analgésicos a dor não passava de modo nenhum.
entretanto quando tive a minha filha fiquei desempregada, mais uama acha para a fogueira, logo depois arranjei trabalho, mas recebia fim do mes o mes anterior, fui obrigada a pedir mais um emprestimo para pagar as contas de casa que começavam a acomular.Em Fev. de 2009 fui obrigada a ir mesmo ao médico para que me receitasse nova medicação por a minha saude mental estava a fugir do meu control, foi-me recitado varios medicamentos, entre eles a mirtazipina que tem efeito antidepreessivo, ansiolitico e calmante. no inicio as coisas estavam a correr bem, ate que que passado 2 meses ja tinha engordado 6 kgs, no inicio de setembro ja tinha aumentado catorze, já me sentia deprimida de todas as maneiras, sem roupa que servisse, os pes incharam desmesuradamente, enfim foi dos 8 aos 80.
por esta altura voltei ao medico para que me trcasse a medicação para ver se começava a emagrecer, a dra achou que eu queria emagrecer rapido, mandou 2 antidpressivos que me tiraram totalmente o apetite de comer. a 25 de março deu entrada no hospital de aveiro de urgencia com dode excessiva de antidepressivos, o meu corpo não aguentou, e fiquei com as pernas paralisadas, nao foi preciso ficar internada, mas fiquei muito abalada, sem força para nada. O INEM alertou-me que alem da medicação deveria tambem ter ajuda psicologica e psiquiatrica, não pensei 2 vezes comecei a tratar de tudo para viver a vida.
o psiquiatra não é só para os ditos tolos é também para nos ajudar a ultrapassar as magoas que sentimos e repor de algum modo por que que seja possivel o nosso equilibrio mental, que nesta altura esta alterado, se não estiver a funcionar bem , nada mais funciona em condições.
Acreditem nunca me passou pela cabeça a ideia de suíssidio, sempre lutei para viver, sou uma mulher rebelde, teimosa e muito brincalhona, também tenho os meus dias não, mas sigo em frente, sempre...
Neste momento ainda tenho 6 kgs a mais, mas não me importo com isso, não estou obsecado em perder peso, vou ter um longo,doloso,dispendioso tratamento pela frente, mas por muito turtuoso que seja o meu caminho não vou desistir...
a nossa morte não só a nós que nós afecta, pensem nos vossos filhos, nas vossas mulhres, nas privações e necessidades que podem ficar a passar pela falta que o vosso salario em casa.
Não sejamos egoístas.